O HOMEM SE REINVENTOU MÁQUINA

O HOMEM SE REINVENTOU MÁQUINA

Inventamos a máquina. Demos-lhe força e energia maiores e acima dos nossos limites. Bravo!...

Encantamo-nos e nos escravizamos, agora, diante da sua velocidade e da sua produtividade. E queremos mais. Queremos analogia com a sua correria Queremos dar respostas rápidas e impensadas às questões que nos são endereçadas...

Acontece que máquina moderna, hodierna, logo amanhã estará descartada, expurgada. Rapidamente vira coisa, vira lixo, vira lata, vira nada...

Nossas grandes amizades parecem sofrer também esse rápido desgaste da automação. Na condição de simples memórias auxiliares de nossas maquinetas, acabamos deletando o afeto e atirando na lixeira o amor devido ao nosso próximo. Temos, pois, em decorrência, uma alma digital, obesa de vírus e suja de mensagens indesejáveis.

Nosso falar "olho no olho" virou um incômodo e silencioso olho na tela. Nossas orações - aqui e ali - entremeadas de palavrões. Nosso líder, um anônimo convidando-nos para um tumulto ou para o linchamento de um irmão inocente...

Num repente, até nosso "amém" virou "enter".

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Fernando A Freire

Enviado por Fernando A Freire em 21/06/2014
Alterado em 22/06/2014

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