SOMOS ETERNOS EXPORTADORES DE MATÉRIA PRIMA

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Para o texto:  SAFRA 23/24

De:  Alberto Vasconcelos

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Sempre fomos "grandes" exportadores de matéria prima: 

cana de açúcar, café, algodão, sisal..., agora é a vez da soja. 

Chamo a esse mal secular de "mesmismo" econômico. 

Enquanto não processarmos aqui a nossa produção, o resultado é, como sempre, a geração de empregos fora do país. 

Sem empregos não há mercado. 

Sem mercado, patinaremos, ou melhor, giraremos eternamente em torno de um já desgastado eixo de carro de boi;  nunca alçaremos voo. 

Pouquíssimos se beneficiam e se beneficiarão da melhoria dos índices da economia.

E tem mais:

- são esses poucos beneficiários (milionários) os que pagam menos impostos no país, bem menos do que os pobres e a classe que se considera média;

- são esses poucos milionários (cerca de 20 mil, atualmente) os que formam maioria no Congresso Nacional, evidentemente, com o voto dos pobres;

- são esses poucos milionários os que mais torcem (e atuam sub-repticiamente) para que o país volte a viver sob os grilhões da ditadura - que lhes dá mais tranquilidade, segurança e lucro;

- são esses poucos milionários os que batem palmas para os "governos" autocráticos  - do tipo que tiram os direitos adquiridos pela classe assalariada -, porque preferem servos.

A história sócio-econômica do nosso país registra essa lamentável realidade.

                                             (www.fernandoafreire.net)

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P.S.:  Dia 170124, quarta-feira, um grupo de 250 super-ricos entrega uma carta com o título "QUEREMOS SER TAXADOS" dirigida aos países participantes do 54º Fórum Econômico Mundial, que ora discutem os problemas sócio-ambientais do mundo - em Davos, Suiça.  Pedem para aumentar os impostos sobre suas fortunas, com o intuito de combater as desigualdades sociais e possibilitar melhorias nos serviços públicos das populações em todo o mundo. 

"Bravo, Davos!"...

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