RIOS CAMINHAM PARA O MAR * RIOS CAMINHAM PARA AMAR
SUAS ÁGUAS PASSAM EM SOLUÇOS/ A poesia como embuços ENTRE AS MARGENS DEBRUÇADAS/ lágrimas acovardadas PARECEM PARADAS! / escorrem taciturnas DE DIA, LIVRE TRAVESSIA, / em despejo silencioso DESCANSO... / o rio já manso... REFLETE O SOL. / que brilha em prol RAIOS DE ESPERANÇA. / trazendo a bonança DE NOITE, SE TREVAS, / és força, me elevas REFLETEM AS BRUMAS / e minh'alma perfumas ESTRELA NENHUMA. / ergues-me a cabeça, ....................................... a aprumas. SE NÃO, REFLETEM A LUA / a vida continua ESCUTAM NOSSOS DIZERES, / ignoro os revezes NOSSAS VITÓRIAS / tristezas em glórias NOSSOS LAMENTOS, / amores, encantamentos QUE ROLAM, CÉLERES / não mais desesperes NO MESMO CAMINHO, / inda que sozinho LÍMPIDOS ou LAMACENTOS. / sem lamentos. ÁGUAS AGITADAS, / agora acomodadas NAS MÁGOAS PASSADAS / já perdoadas OLHO D´ÁGUA PERENE, / que corre solene ÁGUAS SERENAS, / agora mornas, amenas LÁGRIMAS ROLADAS, / caídas ao chão... ALMAS LAVADAS, / pedras esculpidas VIDAS CEIFADAS... / mensagens gravadas... TUDO ARRASTADO. / caminho eternizado PASSAM AS ÁGUAS / deixam suas marcas CAMINHO ENSINADO. / aprendido, seguido REDEMOINHOS... / se dissipam pelos caminhos OUTRAS ÁGUAS RECEBEM / se unem, as pedras erguem E À TERRA EMBEBEM / e espalham COBERTAS DE CÉU. / qual coroa ou véu. ESCULPEM AS PEDRAS / que superam as perdas NÃO TEMEM AS QUEDAS / temperam a própria vida SABEM SALTAR / tentando recomeçar SALTAM FEITO BAILARINAS / vencem as ruínas SOLO NAS SALINAS / pois têm como sina NUM PALCO DE ÁGUAS / sem dores, nem mágoas, DE BRAÇOS COM O MAR. / o dom de amar. (Fernando Freire) (Dorinha Araújo) Fernando A Freire e Dorinha Araújo
Enviado por Fernando A Freire em 07/10/2011
Alterado em 11/10/2011 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |