AINDA VALE O PERDÃO?
Mil noites, sem pudor, te fiz chorar. Mil e uma, por amor, me perdoaste, em preces. Coisas que os torturados jamais esquecem. O Meu Senhor me perdoará por esse amor covarde. Prendi uma ave e a atirei nas flamejantes chamas, que ainda ardem. Terá, espero, muita piedade de nós: primeiro de ti, pelo pecado de não haveres voado; por fim, de mim, por me tornar um desumano algoz. Afastará tua imagem de minha cabeça (morênica imácula, réstia femínea, colada em minha retina e só agora inobscura), antes que eu nunca mais te esqueça. (Fernando A Freire) Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 09/01/2012
Alterado em 09/01/2012 |