SAUDADE DE SAUDADE
Cidade aberta, portas trancadas. Estradas, entradas, saídas, chegada, partida... Saudade cresce. Retraços de vida. Nuvens e nuvens, lençóis da lua, tudo escurece. Estrela entrevista, entre-escolhida. Entra e sai na rua rumo à visita. Um vulto no muro. Escuro no escuro. Batida na porta. Porta entreaberta. Lábios entrefalam e as falas exalam extratos da horta. Senhora idosa, entredormida, ora bem prosa, ora emudece. Faz que esquece dor na despedida. E amor? Tece a vida. Às vezes, canta, criança acalanta. A alma reclama. Às vezes, chora, depois, declama ou faz improviso. Nem sempre decora. Nasceu com a cidade. Talvez, por vaidade, Saudade se chame. Parentes, não tem. Família de origem? Filha duma virgem. Saudade de Alguém. (Fernando A Freire). ------------------------------------------------------------- Nota: Inspirado no poema "Cidade Saudade!", da poetisa Almirinha, comentado pelo autor, em 05.02.2012. ----------------------------------------------------------- Interação de linguagem poética.
Saudades,sentimento unico
de uma dor que doi no peito deixando um vazio ludico da paixão e dos sonhos desfeitos. Saudades que a alma clama e o poeta conclama... (Fátima Galdino)
ENCONTRANDO A FELICIDADE
Encontrei Dona Saudade na rua Num dia frio e sem lua Numa manhã nublada e triste Ela me colocou o dedo em riste Perguntou assim com autoridade: Onde estava a Dona Felicidade Já que havia procurado em vão Por todo o canto da cidade. Eu fiquei bem preocupada Com aquela mulher desesperada. Convidei-a logo para entrar E com minha porta aberta Foi fácil de ser descoberta: A felicidade morava em meu lar! Fernando, achei tão lindo seu poema, que me atrevi a fazer uma modesta interação. Espero que goste! Bom dia! Adria. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 07/02/2012
Alterado em 09/02/2012 Copyright © 2012. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |