SELEÇÃO BRASILEIRA 2014
SALÁRIOS DOS 23 ATLETAS CONVOCADOS GOLEIROS: - Júlio César (R$ 530 mil/mês); - Victor (R$ 235 mil/mês); - Jefferson (R$ 250 mil/mês). DEFESA: - Thiago Silva (R$ 3,2 milhões/mês); - David Luiz (R$ 418 mil/mês); - Dante (R$ 960 mil/mês); - Henrique (R$ 100 mil/mês); - Daniel Alves (R$ 600 mil/mês); - Maicon (R$ 1,2 milhão/mês); - Marcelo (R$ 830 mil/mês); - Maxwell (R$ 1,08 milhão/mês). MEIO-CAMPO: - Fernandinho (R$ 1,2 milhão/mês); - Luiz Gustavo (R$ 660 mil/mês); - Paulinho (R$ 1 milhão/mês); - Hernanes (R$ 800 mil/mês); - Ramires (R$ 656 mil/mês); - Oscar (R$ 475 mil/mês); - Willian (R$ 625 mil/mês). ATAQUE: - Hulk (R$ 2 milhões/mês); - Bernard (R$ 1,1 milhão/mês); - Fred (R$ 750 mil/mês); - Jô (R$ 150 mil/mês); - Neymar (R$ 5 milhões/mês). Esta relação está na Internet com uma soberba crítica (sem qualquer análise) aos altos salários dos jogadores convocados para a Seleção Brasileira (Copa do Mundo 2014).
___________________________________________A princípio, devo rebater um equívoco: os vinte e três jogadores listados não foram convocados de conformidade com os salários por eles recebidos em seus clubes. Há muitos outros bons jogadores, atuando em clubes do Brasil ou do exterior, com salários idênticos ou aproximados, que simplesmente não foram escolhidos pelo técnico responsável. Não seria esse um critério ideal. Mas, vamos fazer uma breve análise dessa circunstância (altos salários), com bastante discrição e sob o ponto de vista sociológico: a) qualquer um dos jogadores citados alimentou um sonho, quando criança: - alcançar o ápice como atleta; - jogar no time pelo qual aprendeu a torcer e até - vestir a camisa amarela da seleção brasileira. Qual criança - em especial do sexo masculino - não alimenta essa esperança?... b) nenhum deles tinha, com absoluta certeza, o menor interesse em se tornar um objeto com preço de mercado nas vitrines capitalistas; c) só o talento fê-los alcançar o auge da carreira, independentemente da remuneração auferida: - entendem que o salário é mera consequência da qualidade do seu trabalho; - aquele que chega ao pódio, por desconhecer o seu preço de mercado, necessita de um competente gerenciador dos seus investimentos, do seu passe e de suas posses; - preferem ser identificados não pelo seu preço, mas pelo seu valor (não pelo que têm, mas pelo que são); d) o degrau da fama (graças exclusivamente aos seus talentos) os equipara às celebridades do mundo das artes, principalmente do cinema e da televisão, por que não? e) o jogador, como artista, faz coisas que somente ele consegue fazer (cada vez mais surpreende o mundo com jogadas criativas e inimagináveis); f) nenhum jogador dessa lista comprou seu lugar no pódio (o mais destacado milionário do mundo, sem aquele sonho de criança, sem haver batalhado e a tudo renunciado para concretizar esse sonho, sairia do estádio decepcionado - pra não dizer vaiado - por incompetência, mesmo que se atrevesse a pagar com ouro para assumir qualquer posição em campo); g) esses brilhantes jogadores (ou ganhadores) nunca imaginaram que viriam a ser os maiores pagadores de imposto de renda do planeta; h) também não sabiam o quanto viriam a pagar, compulsoriamente, de seguro de vida; i) qual profissional de seguros não desejaria ser o privilegiado corretor de um desses jogadores?!...; j) que médico não desejaria ser o pediatra dos seus filhos ou o geriatra dos seus avós?!... kk) enquanto nos estarrecemos com tão altos rendimentos, faz-se preciso lembrar que - diferentemente das celebridades de outras áreas - a finitude da carreira do jogador de futebol, mesmo que seja o mais bem sucedido, brasileiro ou não, começa quando ele atinge os trinta anos de idade. Quem sabe, logo voltarão a ser torcedores como nós, nas mesmas arquibancadas dos que ainda insistem em sonhar outros sonhos, pelo menos os não tão efêmeros!... A todos, em especial aos mais brasileiros e aos mais sensatos, uma FELIZ COPA! ___________________________________________ Em tempo: Recomendo um pouco de humor sobre esta Copa: Leia “SONHEI, JURO QUE SONHEI! (07)” www.fernandoafreire.net / textos Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 07/06/2014
Alterado em 07/06/2014 |