PEÇO PERDÃO AOS IRMÃOS CHILENOS
Li nos jornais e nas revistas semanais: - Um taxista, em São Paulo, devolveu quarenta ingressos para jogos da Copa, esquecidos por turistas mexicanos que ocuparam seu táxi em determinado hotel; - Uma servidora pública e uma cuidadora de idosos, em Natal, entregaram à polícia uma mochila que encontraram num ônibus, contendo dezoito ingressos para a Copa, além de cartões de crédito, pertencentes a torcedores estrangeiros. Sei que não foram só esses dois casos de gentileza que ocorreram no meu país. Há inúmeros outros que a imprensa não alcança. Uma prova de que somos amáveis anfitriões, tanto quanto o foram nossos indígenas da época do descobrimento. Amáveis anfitriões?!... Ah, sim! Ia esquecendo... Ontem, 28/06/2014, bom número dos torcedores brasileiros que se encontravam no Mineirão, em Belo Horizonte, vaiou, estrondosamente, o belo Hino Nacional do Chile. Talvez por ser belo! Que sentido teve o "Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo, és mãe gentil..." que a nossa gente acabara de entoar, minutos antes, na arena e em todos os recantos do país? Fico com a impressão - depois de ler os dois minúsculos casos de cortesia acima citados -, que os brasileiros mais gentis ainda são aqueles que não têm condições de comprar ingresso para assistir à Copa. Sei que eles - os detratores - nunca pedirão, mas me junto àquele taxista, à funcionária pública e a cuidadora de idosos - ADILSON DA CRUZ, REJANE AQUINO e LUZIMAR NASCIMENTO - para formular, aqui, um humilde pedido de desculpas à Nação Chilena pela gafe. Sinceramente, continuo envergonhado. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 29/06/2014
Alterado em 29/06/2014 |