MEU CORAÇÃO EM SUAS MÃOS
SEGUI SUA SUGESTÃO E ABRI MEU CORAÇÃO. POR SINAL, FOI VOCÊ QUEM PARTIU (MEU PEITO) E ME DEIXOU DESSE JEITO: “COM O CORAÇÃO NA MÃO”. NÃO SEI SE VOCÊ VIU, MAS ELE PARECE UM FOLE, MEIO RÍGIDO, MEIO MOLE, MEIO SÍSTOLE, MEIO DIÁSTOLE. ORA PEDINDO PRA SOBREVIVER, ORA, QUERENDO ME ASSUSTAR, COMO SE FOSSE PARAR, ESQUECENDO DO JURAMENTO QUE FEZ AO ME VER NASCER: “FICAR COMIGO ATÉ O MEU ÚLTIMO MOMENTO”. UM JURAMENTO IGUAL AO SEU, LEMBRA?!... AGORA AO RELENTO, ELE ME FAZ PRESSÃO, COMO VOCÊ FAZIA QUANDO QUERIA RETORNAR AO MEU APOSENTO. DIFERENTEMENTE DE QUANDO RECUSEI VOCÊ, EU O ACOLHI NOVAMENTE, MAS ELE VIVE, TODO O TEMPO, TODO SANTO DIA, IMPONDO-ME COM VEEMÊNCIA SUA OPINIÃO, AMEAÇANDO-ME ATÉ MESMO DE TAQUICARDIA, MEIO RÁPIDO, MEIO LENTO, CONFORME O MOMENTO, SE DE ALEGRIA, DE TORMENTO OU DE SOFRIMENTO. ÀS VEZES, EM SEGREDO ELE ME FALA, DE UMA FORMA LOUCA, NUMA SALA OCA, ESCONDIDA, COMO VOCÊ ME FALAVA, COM SEU JEITO DE ATREVIDA, ATÉ INDECÊNCIAS EM SUAS CONFIDÊNCIAS OU CENSURÁVEIS INCONFIDÊNCIAS... AGORA, CHEGA DE TANTOS RESMUNGOS, TANTO TIQUETAQUEAR, SÓ PRA ME ALERTAR DE QUE ESTÁ EM SINTONIA QUANDO EM MINHA COMPANHIA. SEI LÁ ! . . . SÓ SEI QUE - AGORA É DE VERDADE - QUALQUER DIA VOU DAR UM FIM NESSA DISRITMIA DE CONFIDENCIALIDADES. É QUE JÁ NEM SEI COMO ESSE ENIGMÁTICO CORAÇÃO AINDA SUPORTO, AINDA OUÇO, AINDA AGUENTO!... MAS, NÃO ME LEVE A MAL, QUERIDA, DO JEITO QUE EU TIREI VOCÊ - QUE JUROU NUNCA ME ESQUECER -, A QUALQUER MOMENTO, SUAVEMENTE E DE MANEIRA CORDIAL, TAMBÉM VOU TIRÁ-LO, POR TODA A VIDA, DA MINHA VIDA. . . . . . . AI, ESTOU ME SENTINDO MAL ! QUE É DO TELEFONE DO HOSPITAL?!... . . . NÃO FAZ MAL, MULHER, VOCÊ SEMPRE CONSEGUE O QUE QUER ! MANDE-ME O SEU, QUE EU JÁ HAVIA ESQUECIDO. AFINAL, TUDO É IGUAL, SEM FIO . . . SIM, CONFIO. . . . COMO É ? ! . . . DE VOLTA ? ! . . . VOCÊ É A MINHA ARTÉRIA AORTA ? ! . . . AI ! . . . NÃO SEI COMO MEU CORAÇÃO SUPORTA ! Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 29/01/2017
Alterado em 16/10/2017 |