A "DESABOLIÇÃO" DA ESCRAVATURA
Brasil, paraíso dos super-homens: - supermilionários; - superministros; - super-políticos; - superprotegidos; - superpremiados; - superlativos . . . Apenas meia dúzia dos cidadãos de nossa superpopulação detém riqueza que equivale à de cem milhões de brasileiros. Somos o país da desigualdade. Inconformado, pra não dizer indignado, ainda ouso perguntar: Seria possível o mundo existir sem os super-ricos, sem paraísos supermilionários?... Antes que os donos da mídia e dos superbancos digam "NÃO", quero afirmar o outro lado da questão: Seria possível o mundo existir sem os miseráveis, claro, se os superpotentes donos do mundo não fossem os coveiros dos abismos sociais aqui existentes e que tanto nos afligem, covas cada vez mais profundas: - é só ver se a queda da taxa SELIC afetou o seu bolso, o seu financiamento imobiliário, a prestação do seu carro...; - é só ver a guinada sofrida pelos "odiosos" direitos trabalhistas; - é só ver as consequências (especialmente para os recém-formados) da "benfazeja" terceirização dos serviços; - é só ver o engodo do contrato intermitente de trabalho, que trará falsos efeitos "positivos" (?) ao ser calculado o índice de desemprego a partir de novembro próximo; - é só ver o caos das universidades federais, com recursos minguados cada vez mais; - é só ver a vergonha da recente admissibilidade do trabalho escravo, retrocesso de há muito pleiteado pela bancada ruralista do "nosso" Congresso, agora instituído através de uma mera Portaria ministerial e com amplo apoio do "presidente" do país... Os povos livres da Terra acompanham, estarrecidos, o nosso rápido retorno ao escravismo. Diga-se de passagem, um escravismo moderno, não?!... A culpa é nossa, sim, porque continuamos apanhando calados, como os escravos. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 18/10/2017
Alterado em 22/10/2017 |