UMA ENTREVISTA COM O MEU TAXISTA
Aí, senhor cronista,
submeti também a uma entrevista o meu taxista. Pelo que vejo, o meu e o teu têm o mesmo ponto de vista. É que entrevista com taxista agora virou moda. Vamos lá: perguntei sobre o tempo. Segundo ele, o tempo é um veículo sobre quatro rodas. Cada roda uma estação: Inverno, Primavera, Outono, Verão. Para a viagem continuar, as rodas, em cada uma dessas estações, sempre precisam de renovar o ar. Ele me respondeu até o óbvio: para fazer andar um automóvel, combustível e dinheiro nunca devem faltar. E, para prevenir acidentes, freio ajustado, faróis ligados clareando adiante, e retrovisor aprumado, mostrando o caminho trilhado. Depois da exaustiva viagem, diminui o Universo onde o veículo vai repousar. É meio quadrado, meio retangular... Parece mais uma garagem... . . . Pra terminar a conversa ou compensar a aula dada por meu taxista irreverente, tive que explicar o que é táxi, etimologicamente. . . . Aí portei-me professoralmente: Táxi significa medida automática à distância (curta ou longa, como a vida) pra determinar o valor devido da corrida. . . . Valor? Ih, viajei!... Conversei, conversei... Minha cabeça anda meio esquecida... Parei. . . . FELIZ ANO NOVO, prezado cronista, e que, nesse Novo Ano, venham de carro novo nossos irrequietos taxistas !... . . . Peraí, motorista! Tenha calma!... Tenha calma!... Eu pago, sim, a corrida, mas você me paga primeiro a entrevista!... . . . Ano 2018, 03 de janeiro, corpo e alma, tudo engessado, acordo apoiado por um enfermeiro, no leito de um hospital de traumas. Ih! Ele ainda estava ali ao meu lado. Calma seu taxista! Calma! _______________________________________ LEMBRAR NÃO CUSTA NADA, mas o romance que lancei em 15/12/2017 - "Em Cabedelo, numa casquinha de noz", custa apenas R$ 25,00 (inclusive ônus da remessa registrada pelos Correios). Depósito BB, agência 8632-0, c/c 3214470-9. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 30/12/2017
Alterado em 13/02/2018 |