Fernando A Freire

Amar a dois sobre todas as coisas

Textos

O ECO DO BONECO PIXULECO
 
 
Li, na mais importante revista brasileira (lamentavelmente, não é ainda a mais lida), edição 986, de 17/01/2018, página 10, que, no Carnaval deste ano, a Escola de Samba PARAÍSO DO TUIUTI, de São Cristóvão, vai nos mostrar, na Marquês de Sapucaí, foliões em forma de fantoches (bonecos manipulados) criticando os manifestantes pró-impeachment que a Globo ajudou a arregimentar. 

Integrantes da Escola atravessarão a Avenida vestidos das cores da Bandeira Nacional e carregando o pato amarelo da FIESP.

Batedores de panela vão ser identificados pelos utensílios que um grupo de integrantes levará nas mãos.  ATENÇÃO PARA O DETALHE:  panela na mão esquerda (a esquerda se preocupa com a comida) e a peça para bater na panela virá na mão direita.   MORAL DA HISTÓRIA:  a direita é pra bater (a direita só sabe bater).

O samba-enredo será um convite à reflexão sobre o retorno à escravidão, as formas contemporâneas do escravismo no Brasil.

Uma das alas fará uma  homenagem ao “Guerreiro da CLT”: representará  operários sobrecarregados de tarefas e uma enorme carteira de trabalho puída, usada como escudo de proteção contra a exploração do patrão.

No último carro alegórico (tem que tomar cuidado, senão ele vai pegar fogo antes de entrar na Avenida), um professor de história trajado de "presidente" – por certo, Michel Temer – com a faixa presidencial e envolto numa capa preta de vampiro.

EU ME CONVIDO:  Pela primeira vez, vou ver o Carnaval do Rio pela TV.  Quero só saber o que é que a Globo tem a nos dizer ! . . .  
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 28/01/2018
Alterado em 18/02/2018


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