O JULGAMENTO É POLÍTICO, SIM SENHORES !
Se um juiz de Primeira Instância admitiu como verdadeira a delação premiada de um ex-deputado federal, pilar principal de sua sentença, vejamos:______________________________________ "A política é a guerra continuada por outros meios" (Carl Foucault) _________________________________________ "A guerra é o crochê das relações de poder. O julgador político, sobretudo o emparelhado com o poder, não condena um réu, mas aquele que o poder considera seu inimigo, e esse inimigo é o novelo cuja cor não lhe serve". (Fernando A Freire) _________________________________________ "Soberano é todo aquele que decide sobre o estado de exceção" (Carl Shimitt) _________________________________________ Lítote: afirmação do positivo pelo negativo. "A negação tem muito a nos dizer". (Premissa freudiana) _________________________________________ "Dois juízes contraditórios não podem ser ambos verdadeiros" (Jusbrasil) _________________________________________ (Pedro Correa Neto - cria da ditadura - passou convenientemente por diversos partidos até a legislatura anterior, ficha suja, inelegível e condenado a muitos anos de prisão pelo Mensalão e pela Lava Jato. Mesmo que se torne ficha limpa, o que é provável, jamais conseguirá reeleger-se em Pernambuco), então, por qual motivo os juízes da Segunda Instância contestariam tal decisão? Os iguais facilmente se juntam. Para julgar um inimigo político, evidentemente, os julgadores políticos se igualam em torno do pensamento de um grupo político. Nesse caso, a imparcialidade e o contraditório são dispensáveis. Acho que estou querendo ensinar Pai Nosso a vigários. Eu estaria menos indignado se o segundo pilar dessa sentença não tivesse sido outro político, o porteiro, sr. José Afonso Pinheiro, que ainda não conseguiu eleger-se vereador. Autêntico vale tudo. Afinal, em sã consciência, o acusado (por políticos frustrados), agora condenado a doze anos e um mês de prisão, é RÉU ou INIMIGO COMUM DE ESTIMAÇÃO? A injúria resultou ótima para o dedo duro Pedro Correa: pena reduzida a quase nada, a cumprir muito breve em sua mansão. Se não tiver, terá, porque os Silvérios dos Reis estão voltando. Também foi excelente para José Afonso, que, com certeza, barganha votos pra sua nova campanha. Nada muda, portanto, no campo de batalha quando a intenção é desmoralizar o inimigo, isto é, tolher a sua liberdade de ir e vir, de conviver com a sociedade, de viver com dignidade... Para tornar os civis mais servis, importa que eles convivam com os inúmeros Silvérios dos Reis que estão por aí, mais os que estão por vir. Por que os julgadores políticos querem impor à sociedade que o SEU INIMIGO POLÍTICO é um elemento de suspeitosa periculosidade? De que REICH vem essa ordem?... Se o julgamento é político, o povo também quer e deve julgar. Conforme os julgadores planejaram, ver-se-á, mais dia, menos dia, o último líder político popular brasileiro atrás das grades e, o que é pior: sem absolutamente nenhuma prova contra ele. Ainda digo, e insisto, que, para os bons julgadores, A PROVA É INDISPENSÁVEL. Apresentem a prova ! Enquanto não existir prova, a Luz e a Verdade estarão enuviadas por interesseiras falácias ou conjecturas. Mas, eles têm convicção. E que diferença há entre Verdade e convicção? A verdade é a lógica, enquanto a suposição, a persuasão, a convicção são os antônimos da lógica. Na guerra é importante para os algozes que o inimigo seja condenado à morte. Como afirmamos, a política é a extensão da guerra: quem pensar diferente é inimigo, logo, esse inimigo tem que ser eliminado. Enterra-se o morto, mas a Verdade não se desenterra, eis aí o lema desta inóqua guerra. Mas o povo faz política nas ruas, não a portas fechadas como o fazem nossos pseudo-julgadores. Então, se a política está na rua, nossa guerra continua. Guerrearemos em prol da Verdade, para o bem da humanidade. __________________________________________ NA ESFERA PENAL, NÃO BASTA A APARÊNCIA DE VERDADE. CONVICÇÃO É APARÊNCIA, É PROVA FRÁGIL. ___________________________________________ PARA UM JULGAMENTO IMPARCIAL, A MÍNIMA PROVA É INDISPENSÁVEL. BEM QUE DEVÍAMOS JULGAR OS NOSSOS JULGADORES. PARA ISSO ELES PRÓPRIOS NOS DERAM P-R-O-V-A MAIS QUE SUFICIENTE (apoderamento desnecessário e injustificado de recursos públicos - o que quase ninguém sabia). QUE LIBELO MORAL TÊM ESSES JULGADORES PARA PRONUNCIAR UMA SENTENÇA ? __________________________________________ Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 28/03/2018
Alterado em 01/04/2018 |