AMIGOS QUE ME ESCUTAM E ME DISPUTAM
Tenho amigos há anos: humanos, desumanos, germanos, muçulmanos, ciganos, se não me engano... Ah, sim, há alguns insanos, tiranos, soberanos!... Pouco menos, pouco mais, somos todos iguais. Mas não me ulfano, se só me apaixono pelos quase humanos. Coisas do coração: são dois cãezinhos de estimação - quase irmãos - que não me abandonam em qualquer situação: quando penso que chego, chegam antes de mim; qando faço que saio, correm feito um raio, seja longe, seja perto, na cidade, na selva ou no deserto. Assim, estou certo de que no meu fim - diz-me a consciência - eles sentirão minha ausência - creio, deveras - e uivarão por mim, não por aparência, nem por lamúria escondida sob lente escura, mas como prova incontida de sinceridade, fidelidade, lealdade e de saudade, de verdade! Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 16/06/2018
Alterado em 19/06/2018 |