OS SEIOS DA MÃE TERRA
_____________________________________________________ Para o soneto "Judd Marriott in versus". _____________________________________________________ Comparo todas as mães do mundo à Mãe Terra,
de cujos seios tudo sugamos; tudo extraímos de suas veias. Inda somos puxados pela força de gravidade do seu solo, pro seu colo. Seu leite, de tanta sucção, parece-me que agora escasseia. Seus seios pouco a pouco vão ficando ressequidos, perdendo o elástico. Fomos nós, predadores, pecadores que a envelhecemos. Precisamos ver que a nossa Mãe comum carece de nossos cuidados. Dependemos somente dela para viver. Por favor, não a deixemos perecer. Não a cubramos com tantos lençóis de plástico. Lembro dela, pequenina, bailarina, em "pas de deux" com o Sol, lá no palco do Universo, em fantástica e galática pirueta. Nem parecia ser ela o nosso planeta, de tão precisa, de tão feliz, de tão perfeita... Não deixemos que esse cenário de uma permanente dança vire só lembranças. . . . . . Enquanto existirem mães, nossa confiança é de que a vida não se encerra. . . . . . Saiba, mamãe, que você é um pedacinho dessa adorável, admirável e incansável MãeTerra. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 12/05/2019
Alterado em 12/05/2019 |