Fernando A Freire

Amar a dois sobre todas as coisas

Textos

OS SEIOS DA MÃE TERRA

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Para o soneto "Judd Marriott in versus".
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Comparo todas as mães do mundo à Mãe Terra,
de cujos seios tudo sugamos;
tudo extraímos de suas veias.
Inda somos puxados pela força de gravidade
do seu solo, pro seu colo.
Seu leite, de tanta sucção,
parece-me que agora escasseia.
Seus seios pouco a pouco
vão ficando ressequidos, perdendo o elástico.
Fomos nós, predadores, pecadores
que a envelhecemos.
Precisamos ver que a nossa Mãe comum carece de nossos cuidados.
Dependemos somente dela para viver.
Por favor, não a deixemos perecer.  
Não a cubramos com tantos lençóis de plástico.
Lembro dela, pequenina, bailarina,
em "pas de deux" com o Sol,
lá no palco do Universo,
em fantástica e galática pirueta.
Nem parecia ser ela o nosso planeta,
de tão precisa, de tão feliz, de tão perfeita...
Não deixemos que esse cenário
de uma permanente dança vire só lembranças.
. . . . .
Enquanto existirem mães,
nossa confiança é de que a vida não se encerra.
. . . . .
Saiba, mamãe, que você é um pedacinho
dessa adorável, admirável e incansável
MãeTerra. 
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 12/05/2019
Alterado em 12/05/2019


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