Fernando A Freire

Amar a dois sobre todas as coisas

Textos

E O QUE EINSTEIN TEM A VER COM O AMOR?!...



Todo amor é perfeito e só a perfeição é absoluta.  Não existe amor relativo.  Inexiste o amor "mais ou menos".  Determinado sentimento ou é amor verdadeiro (a perfeição) ou é outra coisa que só o tempo mais adiante vai nos mostrar. Tudo aquilo que se pode observar, medir ou contar é coisa relativa. O amor é inobservável, nem se mede, nem se conta.  O tempo é relativo porque é usado para essa medição de alguma coisa no passado ou no presente. E é exatamente o seu tempo presente a confirmação de que não existe tempo futuro. A massa também é relativa.  É um ente físico que tem forma, volume e peso. Conforme sua velocidade no espaço, se inter-relaciona com outro ente físico para gerar energia.  A distância maior entre eles é capaz de multiplicar essa energia resultante. A energia, em si, depende, pois, desse inter-relacionamento e da posição em que esses entes se encontram.  São dados da Teoria da Relatividade para justificar o amor e sua sublimação a partir do impacto (encontro) entre esses dois corpos.   Guardamos sempre na memória as coisas lindas de um primeiro "encontro".  A mesma canção que diz "Eu sei que vou te amar... por toda minha vida", quando os dois corpos se juntam, também diz "Eu sei que vou sofrer"..., quando, num inesperado impacto, um ficou machucado;  quando um necessita de cuidado especial do outro; quando, por uma razão que nada tem a ver com o amor, se separam, se despedem e se distanciam novamente.  O amor, embora absoluto, não existe sozinho, ou melhor: não resiste sozinho. Seria como uma muleta sem uso, sem qualquer outra serventia.  Faz de nossos corações um armário - e lá se tranca à espera de alguma emoção ou palpitação medida pelas batidas da vida.  Eis a sublimação do amor:  somos todos muletas servíveis uns dos outros; precisamos nos destrancar ao ouvir o tiquetaquear do coração do outro.  Da Teoria da Relatividade à Física Quântica, esse fenômeno (da sublimidade, da perfeição, da imortalidade,  da distributividade, da solicitude, da moradia compartilhada, da mutualidade...) é constante, imutável, infinito... O amor é esse fenômeno maravilhoso, trazido da Física para explicar as coisas do coração.  Sim, por que não?!... Sístole e diástole se mantêm solidários e em constante inter-relação. Provocam a contração e descontração das fibras cardíacas. Funções divergentes, porém com pesos iguais. Um traz a matéria, enquanto o outro processa,arrasta e a compartilha. Trabalham, ou reciclam, o mesmo volume no fluxo sanguíneo, sem carência no fornecimento e sem deixar resíduos no pós-processamento. Se um dos lados está mais ou menos acelerado, todo o organismo se ressente. É esse desequilíbrio que o amor não permite que aconteça. O amor fortalece, unifica, dinamiza, estimula, acelera e desacelera as batidas cardíacas, quando estamos juntos ou quando somos pegos de surpresa; quando precisamos e - pasmem! - até quando achamos que estamos muito bem, sozinhos.  Também nos acalma, se acaso nossa alma entra em conflito com outra alma.  Aí, num "belo" dia o coração, que é um ente físico, se vai. Mas o amor (que é absoluto e, por isso, eterno) fica impregnado nos corações que por ele foram tocados.  Podemos até dizer que o amor, que fica, é a continuação daquela vida de junção e de doação, que o poeta canta:  ...
"...é bonita, é bonita e é bonita".


 
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 15/08/2019
Alterado em 15/08/2019


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