AMAZÔNIA: DE QUE LADO ESTÁ A IRRACIONALIDADE?
___________________________________________ ___________________________________________ Parabéns, caro Joel de Sá, pelo conhecimento de figuras indígenas, indigenistas e ambientalistas que fazem parte de nossa história contemporânea. Permita-me consertar e afirmar, inicialmente, que o cacique Raoni não viajou pela Europa em busca de prêmio pessoal, mas de apoio para preservação das áreas florestais. Resultou, em agosto/2008, a criação do Fundo Amazônia, iniciativa de proteção à floresta cujas regras permitem, até, o repasse de 20% para outros biomas extra-amazônicos. O Fundo Amazônia era acompanhado por um comitê técnico (CTFA) e um comitê orientador (COFA), interrompidos recentemente a pedido da bancada ruralista no Congresso. Os provedores cadastrados nesse Fundo (F.A.) ainda são: Noruega, Alemanha e a Petrobras. Administração financeira a cargo do BNDES. Objetivos preliminares: redução do desmatamento; prevenção da degradação florestal; apoio a 190 áreas de preservação; regularização de 746 mil imóveis rurais; produção de 435 publicações científicas. A tendência é o abortamento de todo esse programa, falência, aliás, visível desde o ano 2017 e acentuada em 2019, com o crescimento do desflorestamento ilegal. . . . O primeiro mandatário do país contribui para que essa devastação aconteça, ao dizer: a) "O Brasil não precisa desse dinheiro"; b) "O europeu deixaria de comprar a Amazônia em prestações"; c) "Quero uma pessoa de minha inteira confiança (meu filho) na embaixada do Brasil em Washington, para facilitar a vinda de mineradores capacitados para a região amazônica"; d) "Se índio não tem dinheiro, como é que ele tem tanta terra?"... Jogam-se por terra, agora, R$ 3,4 bilhões... . . . Só mesmo a intelectualidade tísica não saberia apontar de que lado está a irracionalidade. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 18/09/2019
Alterado em 18/09/2019 |