Fernando A Freire

Amar a dois sobre todas as coisas

Textos

AQUELES QUE FEREM
TÊM MEDO DE SER FERIDOS



"Precisávamos de um mote forte: ...a morte". 
"Primeiro eliminamos,  depois investigamos".
"O mundo precisa saber que temos o poder"...

Assim se fez em Hiroshima e em Nagasaki.
Assim se fez no Vietnã, Afeganistão, Iraque...

Guerra?!...  Pelo que entendemos, não há.
Etimologicamente, qual o seu significado
se, sem confronto, a força só tem um lado
e o país sacrificado não tem como revidar?!...

A essa simulação de choque ou de embate
o bom senso denomina de chacina,
carniçagem, carnificina ou massacre.

Irascíveis tragédias no continente asiático,
com reflexos rentábeis nas bolsas de valores
do mundo ocidental: festa de quem investiu
soberbo capital na produção de arsenal bélico.

Demonstração de força também é fundamental,
justo em vésperas de campanha eleitoral.

Ataques aéreos ou navais norte-americanos:
mar e céu nublados de foguetes e drones,
parecendo brinquedos de longe teleguiados.
Por terra, milhares de militares superarmados.

Objetivo impetuosamente alcançado:
incêndios e bombardeio no aeroporto;
chefe militar iraniano, seus comandados
e inúmeros civis, impiedosamente mortos.

"Não queremos guerra, queremos paz":
diz, solenemente, o insolente invasor,
escondendo sua máscara de malfeitor.

Veículos de comunicação lá dentro, atentos,
testemunhando a luta injusta e sangrenta,
ora difundindo vitória, subservientemente,
ora denunciando a tirania, atrocidade, danos
e insanidades advindas de um exterminador
do que existe de mais valor:  o ser humano.

"Queremos Paz!" - repete o irado imperialista.
Paz!?... 
Qual a diferença de seus atos exterministas
para a desgraça dos homicídios em massa:
de judeus, ciganos e comunistas
nas letais câmaras de gás nazistas???...

A primeira "fake news" de uma eleição
percorre, em segundos, os confins do mundo,
justificando a violação de cláusulas essenciais
dos normativos jurídicos universais e
- ridículo se não fosse - dos direitos humanos.

Potentes apetrechos de guerra em exibição:
Injúria - alvo que não se erra - depois a invasão.
As guerras nunca dizem a verdade,
mormente do facínora que a todo custo invade.


E as levianas razões para essa humilhação?

- Uma imaginária desgraça:
"O Iraque possuia e desenvolvia armamentos
de destruição em massa
".
(Vidas ceifadas; armas nunca encontradas).

- Em ataque recente, suspeita de o Irã planejar
"Iminente terrorismo contra os Estados Unidos":
soldados fanatizados com ordens para matar. Verdadeiros drones fardados e bem armados.

Inverdades, falsidade, cepticismo...
Silêncio e cinismo sobre tal ato de terrorismo
(Vidas ceifadas; farpas contra o inimigo abortadas).

E o "guerreiro", maior invasor do planeta,
"O Paraíso do Mundo" se autoproclama.
Um paraíso de muros e portões fechados,
amedrontado pela invasão dos emigrados,
os desertados de seus países em chamas.
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 07/03/2020
Alterado em 07/03/2020


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