13 DE MAIO: O DIA DO NADA
_________________________________________________ Para o texto: O FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL (SONETOS)
De: Paulo Roberto Giesteira _________________________________________________ A escravidão restou no sangue dos escravocratas, tal qual uma raiz ainda não completamente extirpada. Em 1863, nos EUA, Lincoln decretou a libertação dos escravos, obrigando (por decreto) seus proprietários a os indenizarem com TERRA, GADO e NUMERÁRIO. No dia seguinte, os negros passaram a ser vistos como cidadãos norte-americanos. Como o bem não existe sozinho, três anos depois é criado o grupo terrorista KU-KLUX-KLAN, que, ainda hoje, luta pelo extermínio da raça negra. No Brasil, em 1888, o dia seguinte à Carta Régia ficou marcado pela abertura de processos contra o Império, em que os proprietários ou posseiros de terra pedem indenização financeira pelos escravos que haviam comprado. Não aconteceu essa esdrúxula indenização e a escravidão continuou sub-reptícia. Uma prova dessa continuidade foi o Decreto-Lei 5432, de 01/05/1943 - C.L.T. - que, por pressão dos latifundiários, não contemplou como trabalhador o homem do campo (de maioria negra), tampouco as domésticas (mulheres, também de maioria negra), que continuaram trabalhando a troco de nada, ou quase nada, sem jornada (manhã, tarde, noite, madrugada, sábados, domingos e feriados), As mulheres - nas cozinhas de nossas "casas grandes" -, até 126 anos depois de a mulher princesa assinar a Carta Régia. Vergonhosamente, as raízes da escravidão brotaram mais fortes e, agora, não só desrespeitam os desprovidos de terra (escravos negros e escravos brancos), tratando-os como "terroristas", como exterminam os escravos índios que insistem em viver nas florestas onde nasceram. Sinceramente, nada a comemorar neste 13 DE MAIO. Nada... Nada como Um Dia em Branco. Só os incoerentes comemorariam este DIA DO NADA. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 12/05/2020
Alterado em 12/05/2020 |