O NÍVEL DE DESEMPREGO CRESCE ENQUANTO O PAÍS SE VENEZUELIZA
Conforme a última PNAD-C - Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios-Contínua -, do IBGE -, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - a taxa de desemprego no país alcançou o patamar de 13,3% no trimestre encerrado em junho/2020. E é crescente, se a relacionarmos com a já alarmante taxa divulgada em maio/2020 (12,9%). A população (civil) ocupada (empregados formais, informais ou autônomos) caíu para 83,3 milhões de pessoas, com redução de 9,6% em relação ao trimestre anterior. Significa que mais 9 milhões de pessoas, em um mês, aumentaram o cordão dos inertes. Um novo recorde vem sendo apontado a cada mês, em que se verifica a crescente substituição dos empregados formais por autônomos - diga-se de passagem - autônomos descapitalizados. A população subutilizada é de 3l,9 milhões de pessoas. Cresceu 15,7%, ou seja, mais 4,3 milhões de pessoas, em um mês, desceram à condição de subutilizados. Os subutilizados são: - pessoas que trabalham menos do que poderiam; - pessoas que não procuram emprego, mas estão disponíveis; - pessoas que procuram emprego, mas não estão disponiveis para a vaga. A força de trabalho (civil) - 96,1 milhões de pessoas - ocupadas mais desocupadas - caíu 8,5% em relação ao trimestre anterior. A população (civil) desalentada - 5,7 milhões de pessoas - sofreu uma elevação de 19,1% em relação ao trimestre anterior, isto é: mais de 913 mil pessoas, em um mês, passaram a engordar o cordão daqueles desesperançados, que já se cansaram de procurar emprego. Olhando o outro lado da moeda, a população militar vai "Muito bem, obrigado!". O governo atual, em um ano e meio de mandato, após conceder um suculento reajuste salarial, conseguiu triplicar o número de militares, da ativa, da reserva (e até filhas de generais) na ocupação de empregos formais que caberiam aos civis, e sem a exigida prestação de concurso público, nos mais diversos órgãos da União. Soldos/salários duplicados, triplicados e até... ... ... Super-empregos com tendência de crescimento contínuo até o final do seu mandato (se é que vai haver final). Teme-se a irreversível "venezuelização" do nosso país, em que os militares, ocupantes de todas as brechas dos órgãos públicos da vizinha nação, com direito a tudo, inclusive moradia, são os únicos venezuelanos que hoje não passam fome - e que não querem largar o osso. Vê-se, também aqui, um governo a princípio inseguro, porém cada vez mais "maduro". Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 07/08/2020
Alterado em 16/08/2020 |