SOCORRO, MEU PAÍS ESTÁ MORRENDO ! . . .
Ao cronista Arjofe, a propósito do seu texto: "Meu Brasil, meu destino".
"Ama com fé e orgulho a terra em que"... ou "...que querias ver dividida". Tua idade repetida e refletida num mesmo espelho, desde a mocidade. No espelho, a mesma cara do teu hoje alquebrado, só não igual ao do teu país: uma escravidão enraizada e algumas ditaduras escondidas sob sonhos despedaçados. Hoje?... O que é o hoje, senão um presente que passa apressado? Repassa, pois, as sobras desses tantos "hoje" passados: tudo quebrado, tudo queimado nesta pátria desastrada e idolatradamente armada. Teu pesadelo, o mais certeiro desatino dos sonhos de menino. Teu país, tua pátria gentil, "uma estrela sem céu", sem amor, sem verde-amarelo, sem a cor azul-anil, sem verdades e sem liberdade, sem saúde e sem educação, sem tolerância e sem esperança, sem destino e sem moral, que somente ressoa as distraídas e melódicas tempestades de um mórbido hino irracional. Teu país de agora é um ser nauseabundo, suicida agonizante, quiçá moribundo. Prepara, pois, esta lamuriosa e impiedosa lápide para o seu depois: "AQUI JAZ O RESTO MORTAL DE UMA NAÇÃO QUE UM DIA OPTOU PELO DESAMOR E PELAS INGREMIDADES DO MAL: DA MISÉRIA, DA INANIÇÃO, DO INFANTICÍDIO, DO FEMICÍDIO, DO GENOCÍDIO, DO SUICÍDIO... NADA MAIS. DESCANSA EM PAZ COM A NOSSA DOR, ATÉ QUE NO PORVIR SEJAS EXUMADO POR UM NOVO, BEM PREPARADO E BEM INTENCIONADO DESCOBRIDOR (CIVIL)". Brasil, Brasil, que é do teu seio e das promessas de mais amores do teu povo varonil?!... Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 28/10/2021
Alterado em 28/10/2021 |