CANDIDATO, QUEM ATIÇA OS ASSASSINOS ?...

"Vamos metralhar todos os petralhas deste país!" - Lembra candidato?!...

E eles estão dizimando os índios, os negros, os quilombolas, os sem-terra, os sem-teto..., todos os que eles veem à sua frente e acham que são "petralhas", seus perigosos inimigos.  E você ri, e você desdenha, exatamente porque você comunga com aquele outro fanático neonazista que, enrolado com a bandeira nacional dos EUA, invadiu o Capitólio com sede de sangue, trazendo estampado o seu ódio na camiseta: "seis milhões foi muito pouco", lembrando o holocausto. 

Você prega o ódio, candidato, e fanatiza os seus seguidores para cometerem as mesmas atrocidades que você gostaria de praticar diretamente, mas não o faz por pura covardia.  Claro que você é um covarde, candidato!  Você insufla os seus fanáticos contra as instituições democráticas do país, depois, se acaso forem punidos, por mais bandidos que sejam, você usa do seu ridículo poder de "indulto".  É só ver a qualidade dos bandidos (e respectivos crimes) a quem você concedeu indulto até agora no seu governo.  Estavam todos lá, em Brasília ou em Copacabana, embrulhados na bandeira nacional, aplaudindo seus discursos eleitoreiros no bicentenário da Independência do Brasil.  Qual bicentenário?!...  Qual independência?!...

No começo do seu governo você pregou o ódio, quando apelidou os "sem-terra" de "terroristas" e prontamente garantiu ampla liberdade para os grandes proprietários de terra se armarem e armarem os seus capangas, ilimitadamente.  Está lá no seu decreto:  proibição do uso de espingardas no campo, aquelas que os colonos usavam até pouco tempo para caçar passarinhos.  Veja só a quem você arma e a quem você desarma.  Qual a sua intenção, senão a extinção da miséria em nosso país, salvo seus fanáticos, através das armas?!...

Mas você sabe quais são as consequências do fanatismo. Sabe, sim.  O fanático vai, pouco a pouco, perdendo o seu campo de liberdade e assumindo a sua personalidade (a sua mesmo, candidato).  Chegará a um ponto em que ele matará o seu adversário (ou inimigo, como você prefere), mas ficará tranquilo porque a personalidade nele introvertida não será mais a dele, mas a sua, candidato.  E você sabe que essa anomalia tem um nome, candidato?  Sabe, sim!...

Isso se chama genocídio.  Hitler não atirou em nenhuma de suas vítimas, mas é e será considerado genocida por todas as gerações, per omnia saecula.  Genocida, sim, dizimando milhares de seres humanos e cinicamente se declarando cristão: "Prestei um serviço a Deus". 

"Os iguais facilmente se juntam" (garantiu-nos Cícero).  Lamentavelmente são muitos os que se consideram iguais a Hitler e a você, candidato, em gênero, número e grau.  Lamentavelmente...  Lamentavelmente... Lamentavelmente...