OS MAIS POBRES ELEGEM OS MAIS RICOS
A população do Brasil, hoje, é de, aproximadamente, 216 milhões de habitantes.
O 1% dessa população (21.600 habitantes) possui metade de toda a riqueza do país. Situa-se no andar mais alto da pirâmide social (milionários e super-ricos), identificados como classe "A".
Se todos os 21.600 habitantes milionários votassem juntos em qualquer região do país, essa quantidade de votos não seria suficiente para eleger nem mesmo um deputado estadual.
O Congresso Nacional tem 594 parlamentares. São 513 deputados federais + 81 senadores.
Como explicar que mais da metade do Congresso Nacional é constituída de milionários?!...
Evidentemente, para se elegerem a qualquer cargo, inclusive o de presidente da República, os mais ricos usam de todos os meios - honestos e/ou corruptos - para garimpar os votos (de que seus candidatos necessitam) lá nos confins dos andares mais baixos da pirâmide social: classes B, C, D e E, a saber: - classe B (classe média alta: ganhos acima de R$22 mil); - classe C (classe média baixa: ganho acima de dois salários mínimos e abaixo de R$22 mil); - classe D (classe assalariada ou informal: ganho até dois salários mínimos); - classe E (vulneráveis sociais; os que nada têm e formam a base maior da pirâmide social).
Os políticos da classe "A" garimpam votos principalmente das classes "D" e "E", onde a massa de eleitores é mais volumosa e bem mais fácil de ser seduzida por auxílios ou pacotes de bondade. Somente em 2014 foram 3 bilhões de reais doados pelas grandes empresas aos políticos que se incumbiam dessa assistência a troco de votos.
A partir de 2016, o Superior Tribunal Federal acabou com a farra, alterando os artigos 31, 38 e 39 da Lei 9.906/95 (que regulamenta os partidos políticos) e invalidando as normas que autorizavam as doações empresariais. Deduz-se que foi essa decisão do S.T.F. a mais provável causa da diminuição da corrupção, em especial na época eleitoral.
Sob o argumento de assistir às classes menos favorecidas (D e E), o governo federal (Executivo), em combinação com o Legislativo, deu cria ao Orçamento Secreto (hoje R$32 bi, muitas vezes maior do que os R$3 bi doados pelas pessoas jurídicas em 2014).
Além do valor excessivo, o imoral é a falta de transparência: os contribuintes de impostos não sabem para quem o governo liberou dinheiro, qual foi o valor doado, qual a destinação, que município será beneficiado...
Ao lado desse Orçamento Secreto, visando a eleição de candidatos provindos e/ou apoiados pela classe "A" (os mais ricos), em junho/2022 o Legislativo em conluio com o governo federal, altera a Constituição para liberar R$41,6 bilhões a serem distribuídos com a classe dos que nada têm (R$600,00 por assistido). Deduz-se verdadeira compra de votos, visto que o benefício é maior para os menos carentes. É o caso dos caminhoneiros e taxistas, que receberão R$1.000,00 por mês até o final do ano. Por que a distinção?...
No final, se o resultado eleitoral não for favorável à classe "A", todo o grupo dos menos favorecidos será responsabilizado pela perda. Pelos resultados das urnas, até agora, os que compõem os grupos menos favorecidos já foram apelidados de IGNORANTES, BURROS e ANALFABETOS. Por isso, DEVEM MORRER.
VOCÊ CONCORDA EM SERMOS ASSIM TRATADO PELOS PRIVILEGIADOS?...
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 21/10/2022
Alterado em 21/10/2022 |