![]() A FELICIDADE PODE ESTAR PERTO
Como identificar a felicidade quando ela parece estar perto de nós? É o mesmo que distinguir uma flexa que navega em nossa direção. Precisa ter coragem para pegá-la com as mãos e determinação para mantê-la. A isto chamamos a inteligência do coração. E o que chamamos de inteligência (que não a do coração) é apenas lógica. Então: Lógica e amor nada têm a ver uma com o outro. Diante do amor, a lógica propriamente dita não chega a ser essas grandes coisas...
Ninguém é dono da felicidade. Às vezes podemos tê-la ou possuí-la só por um período ou um bom período, como se fosse um aluguel. É, sobretudo, necessário ser pontual no pagamento das mensalidades, sob o risco de ser despejado em caso de inadimplência.
Todo mundo tem medo do cotidiano, como se fatalmente, o tempo com a felicidade provocasse tédio, rotina... Mas, por acaso, o tédio e a rotina seriam uma fatalidade, uma coisa inevitável?... É só ver o cotidiano como fonte de cumplicidade.
Frutas não colhidas apodrecem no chão. Seu néctar será todo perdido. Igualmente, o néctar da felicidade pode ser aquele que nunca será consumido, por conta da negligência, dos hábitos, das incertezas, do egoísmo e da presunção. Urge experimentar esse néctar. Urge não desprezar a fruta que o contém!
Nada na vida é mais completo do que um casal que atravessa o tempo, que aceita que o carinho invada a paixão... Mas, como viver isso quando só se valoriza o absoluto?... "Você tem que ser o que eu espero que você seja!"
Não é um erro que nosso/a parceiro/a conserve uma parte da sua infância, uma parte da sua juventude, uma parte do seu sonho. Acabamos sendo diferentes, mas todos nós fomos crianças, fomos jovens, fomos crianças e jovens diferentes... Cada um tem o seu mundo, que a gente precisa respeitar. O que se deve fazer é plantar raízes na terra que nos convém.
Quem quer dividir com o outro uma etapa da vida deve deixar de acreditar ou querer que acreditem ser possível entrar numa história importante sem, na verdade, estar disposto a dar um pouco de si. Medo? Não se chega à felicidade com medo. Há os que se dão plenamente e os que plenamente sabem receber. Estes, sim, souberam deter nas mãos a felicidade encontrada.
fernandoafreire
___________________________________________________ Inspirado num texto do livro "E se fosse verdade", de Marc Levy. ___________________________________________________ Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 19/02/2023
Alterado em 19/02/2023 Comentários
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