O DIA DA SAUDADE
A vida é uma corrida. Bastões vão mudando de mãos: chama permanentemente acesa, cada atleta se desvencilha do seu, passando-o para um outro atleta se a volta estiver completa.
No transcurso, ultrapassamos e somos ultrapassados. Corremos, lutamos, suamos..., sempre na mira do melhor resultado.
Chegará o momento em que, para cada um de nós, a corrida termina, não para o bastão, que não para.
Ele apenas muda de mão e continua sua marcha sem tempo estipulado, uma vez veloz, outra com vagareza, no mesmo plano, mesma direção.
Os que o repassam são considerados atletas vencedores ou perdedores, conforme viveram, conforme treinaram, conforme aprouveram ou desperdiçaram as chances oriundas dos patrocinadores.
Esse bastão, portanto, símbolo da vida, jamais encontrará a barreira derradeira. São incontáveis os que o conduzem em infindos pontos de chegada ou de partida.
Cada atleta que esteja alerta e se esforce pra dar a sua volta completa.
(fernandoafreire.net)
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Comentário feito no rodapé da crônica “Passou o Dia dos Mortos”, do literata Damião Ramos Cavalcanti, em 06/11/2011 _____________________________________________________
Caro Damião:
Vai o meu abraço. não de dia de finados, efeméride que, na realidade, deveria ser transformada no DIA DA SAUDADE.
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 02/11/2023
Alterado em 10/11/2023 |