Fernando A Freire

Amar a dois sobre todas as coisas

Textos

"LIBERTAS QUAE SERA TAMEN" NA PAULISTA

 

 

"Libertas quae sera tamen" - final do séc.XVIII -, expressão que faria parte da bandeira da República sonhada pelos inconfidentes (e que hoje distingue a bandeira do estado de MG).

 

Verso extraído de um poema ambiental (Primeira Écloga, de Virgílio): um diálogo entre os pastores Meliboeus e Tityrus.

 

Pergunta Meliboeus: "Que tão forte motivo te trouxe a Roma?"...

Responde Tityrus: "A liberdade. Ainda que tarde, ela olhou favoravelmente para mim, que nada fiz".

 

Nada obstante a boa causa da luta dos inconfidentes, seu líder, Tiradentes (que nada fez, senão apontar os caminhos para a nossa liberdade e independência político-econômica), uma vez denunciado por Silvério dos Reis, foi condenado ao enforcamento.

 

Uma grande multidão de "gente servil" (induzida à subserviência ao colonizador estrangeiro) assistiu e aplaudiu à cena do enforcamento em plena praça pública (hoje Praça de Tiradentes, Ouro Preto, antiga Vila Rica-MG).

 

Quase 232 anos depois dessa ignomínia, registrada para sempre na história brasileira, tudo se repete.  É que o sangue da sujeição colonial e escravista continua circulando nas veias das crias daquela mesma gente bajuladora e cega.  Prolonga-se o enforcamento de Tiradentes.  Silvério dos Reis é endeusado como seu "mito" imaculado, virtuoso, moralista...

 

No agora, a repetição desse lamentável fato acontece na Avenida Paulista (SP).  Pede-se, em suma, o disparate de uma "ditadura democrática". 

 

Fica mais do que provado e comprovado que, se algum cidadão brasileiro se atreve a defender a verdadeira e legítima Democracia, as leis vigentes, a Constituição da República, os direitos inalienáveis e a soberania do nosso povo..., será condenado ao enforcamento.  E seu nome, seus atos e sua luta em defesa da coletividade serão esquartejados e expostos como satânicos pelas crias daquela fantasmagórica gente de 21 de Abril de 1792, em Vila Rica.

 

Como autênticas crias dos escravistas brasileiros do século XVIII, principalmente dos que se curvavam aos mandos e desmandos do reino de Portugal, não se negaram a comparecer, em 25 de fevereiro de 2024, na Avenida Paulista, para aplaudir o mentor de um golpe de Estado contra a Democracia. 

Pior:  gritavam por uma democracia de "ouvi dizer", aquela da conveniência do seu "mito" golpista. 

 

Pasmem!

Validando ainda mais a sua condição de mal instruída, a mesma multidão, manipulada por seus pastores, foi também defender e aplaudir o governo de Israel, que, pela força, está eliminando toda uma população civil de palestinos, em Gaza.   Isto é:  a massa de manobra estava ali para defender também um outro crime, praticado noutro país, deixando claro seu apoio total às regras ideológicas da ultradireita no mundo.  

 

Certamente induzida por um incauto pastor milionário (seu líder), foi prestar solidariedade e enganar à humanidade e sua história, ao dizer, ingênua e abertamente, que defende os irraelenses por se tratar de um povo "cristão".  Tudo um engodo.  Para o judaismo, Cristo, um profeta, desceu à mansão dos mortos e desapareceu para sempre. Além do mais, o povo judeu legalizou o aborto e a união conjugal entre pessoas do mesmo sexo. 

 

Afinal, o que há mesmo de semelhança entre os judeus israelenses e nossos intolerantes protestantes?!

Como se não bastasse a asneira, a mesmas "gente" foi à Paulista, mais uma vez e vergonhosamente, usar mal nossas cores e a nossa Bandeira Nacional.  Chega de partidarizar os nossos símbolos!...

 

Mistura-se, portanto, religião com política ideológica.  Confirma-se, dessa forma, que aquele 21 de Abril da condenação de Tiradentes se reedita e se reeditará em muitas outras "prévias para as eleições". 

Até quando o povo "cristão" vai ser usado?

 

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Para o texto: Patriotismo

De: Dartagnan Ferraz

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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 27/02/2024
Alterado em 01/03/2024


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