Ó, MÃE, VÊ SE ME LARGA!!...
______________________________ Para o texto, que recomendo: Fora da mãe, liberdades e incertezas ______________________________
A mãe, tal como terra adubada, no dizer apodítico do cronista, recebe a semente e a transforma em fruto, que é expelido carregado de novas sementes. É assim que acontece com todos os seres vivos, racionais ou irracionais, ricos ou pobres, párias ou nobres. A natureza não os distingue por status. O macho comparece, naturalmente, como simples doador da semente, enquanto a fêmea, receptora e transformadora, entrega-se com amor à incansável incumbência de cuidadora. Por ela, a mãe, nenhuma flecha seria retirada de sua aljava. Porém, quando acontece o inevitável, ela ainda demonstra sua possessividade, atando cada flecha ao seu psicológico cordão umbilical. Quer se garantir de que as flechas largadas atingirão o alvo certo. Cordão umbilical é pouco. Ainda apela para a fé como o único caminho para evitar que sua cria adentre em becos sem saídas. Não foi em vão Que Deus a apelidou de Mãe. Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 12/05/2024
Alterado em 12/05/2024 |