"QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO?"
Li, no ano 2017, já na sua 102ª edição, a obra "Quem mexeu no meu queijo?", de Spencer Johnson. Foi como encontrar um queijo dos mais saborosos, de há muito desejado. Repassei-o de imediato para alguns dos meus amigos e colegas de trabalho, que também o petiscaram até o último pedaço. O "feedback" tem sido ótimo. Leitura curta de ideias suscetíveis de evolução e adaptação. Consulto-a sempre, e a recomendo com responsabilidade a vocês, diletos leitores. Preparem-se, pois, para degustar essa metáfora - reveladora de verdades acerca de mudanças - com o mesmo prazer com que se deliciariam se fosse um queijo suíço furadinho, ou um Camembert francês, ou um Mozarela italiano posto em suas mesas. Mas, antes, um lembrete no guardanapo dos apreciadores: "Há sempre um queijo gostoso à nossa disposição em alguma redoma - é verdade -, mas lembremo-nos de que há também ratos famintos, no mesmo ambiente, que poderão alcançá-lo antes de nós e estragá-lo, caso não o tenhamos guardado em lugar seguro". * * * Redigimos este texto assentados na ficção de gênero empregada na obra sob análise. Ele nos leva a refletir sobre o modo como auscultamos, neste exato momento, a realidade política, ideológica e social do meio em que vivemos, digo melhor: do planeta que habitamos. Tivemos o cuidado de explicitar a lógica de que "acordos entre racionais e irracionais nunca tiveram final feliz". Humanos, quando se despem de sua racionalidade, "terminam se matando uns aos outros". Paradoxalmente, "ratos, com cérebro limitado e não tendo do que se despir, preocupam-se, muito mais do que os humanos, com a existência do outro, i.e., com a preservação da sua espécie". Em sua interessante obra, o autor nos mostra as partes cognitivas, simples e complexas, de que somos constituídos. Quem sabe, estamos usando-as ou assimilando-as neste instante ou o faremos nalgum outro momento de nossas vidas: "Inconsciente, circunstancial ou deliberadamente!!"... Sem fugir da linha de raciocínio de Spencer, comecemos a nossa análise/confrontação com as seguintes situações: 1 - Podemos perceber (ou farejar), intuitivamente, que algo vai acontecer - por exemplo - no nosso ambiente de trabalho, cenário que transparece as condições e condicionantes do meio social a que pertencemos. Tal como os irracionais, mantidas as devidas proporções, somos também seres farejadores. 2 - Ao ser comentado tal pressentimento, aparece logo algum indivíduo que não pensa em profundidade e já sai em correria por aí, anunciando e "confirmando" que algo vai acontecer e que, segundo sua cabeça, implicará benefícios ou embaraços incontornáveis para a comunidade. Comportamento de indivíduo apático e inconveniente. 3 - Felizmente, aparece também aquele que procura adaptar-se a tempo, ao vislumbrar que algo vai acontecer. Atualiza-se, na medida do possível, e tudo planeja para topar uma provável nova jornada. Repassa o que apreendeu para o seu grupo de trabalho ou parceiros do seu meio social, de forma pedagógica, sem alarde e sem demonstrar qualquer interesse particular. Sensato, transmite otimismo ao anunciar que mudanças podem ocorrer a todo momento e, somente quando bem conduzidas, trazem benefícios coletivos. Comportamento de pessoas empáticas e proativas. 4 - No outro extremo da proatividade (veremos que o extremismo é um dos aspectos da irracionalidade humana) tem também o inerte (ou o indiferente, o tanto faz) que, sem perceber, iguala silenciosamente seu comportamento ao do tipo egocêntrico, aquele que nunca muda e reage aos brados quando o assunto é mudança, trocas, reformas... Se algo acontecer, o egocêntrico fica propositadamente de fora, pois acha e até divulga que toda renovação traz consequências danosas. Confia mais nas coisas que sempre funcionaram a contento e que vêm dando certo - conforme sua visão - quando conduzidas no formato tradicional. Carrega, dessa forma, o "indiferente" em seu caçuá. Destaca-se pela insensibilidade em relação aos valores, preocupações e necessidades alheias e coletivas. Reconhece mais o mérito por antiguidade do que por aptidão. Um antiquado por excelência. Para melhor ilustrar o nosso texto narrativo, valemo-nos dos mesmos quatro personagens, em miniatura, escolhidos por Spencer: dois ratos e dois humanos que se encontram no emaranhado de um labirinto à procura de "Queijo". > O "Queijo" - metáfora - é uma coisa que a maioria das pessoas deseja na vida: um bom emprego; promoção; formatura; um bem durável (casa confortável, carro novo, eletrodoméstico...); saúde; liberdade; paz espiritual; ensejo de escrever um livro... > O "Labirinto" é o ambiente em que os personagens convivem e expõem suas convicções. Nalgumas de suas salas secretas se poderão encontrar queijos dos mais diversos sabores e qualidades. Por serem pequenos, não dá para perceber o que fazem os dois humanos e os dois ratos ali reunidos. Somente se se olhar bem de perto é que se pode descobrir coisas, surpreendentes ou não, que tenham algo a ver com os seus hábitos. * * * Num repente, o ratinho mais urbano, por isso mais farejador, alerta: "sinto cheiro de queijo". O outro ratinho, por ter-se criado no campo, dá logo provas de que é um bom velocista. Desgarra-se do grupo e sai em disparada na frente para ser o primeiro a encontrar o provável queijo. O ratinho mais farejador aparenta ser também mais cauteloso. É que nasceu e se criou na cidade, onde se acostumou a livrar-se do veneno e armadilhas que os humanos põem em seus caminhos. "Para, olha, escuta" e resolve também deixar o grupo para seguir o seu amiguinho matuto, orientando-o à distância, enquanto fareja as esquinas, os corredores e as portas, uma a uma. Desfeita a reunião e tendo também a fome como combustível, os dois homenzinhos tentam, vãmente, alcançar os passos rápidos dos dois amigos desgarrados. Ao menos insistem, no afã de localizá-los. Os ratinhos, por certo utilizando o método de tentativas e erros, ganham a competição ao se depararem com uma sala repleta de queijos: duros e macios; mofados e embolorados; polidos e amarelados; vencidos e recém-fabricados... Por descuido - a fome era tanta! -, deixaram a porta da sala aberta, o que facilitou a chegada, mais tarde, dos dois homenzinhos, que, embora exaustos, apressaram os passos tão logo avistaram a "luz no fim do túnel". Reuniram-se novamente no labirinto, desta vez dentro de uma sala iluminada e para traçar regras de uma convivência pacífica e salutar. Tendo agora, de sobra, o que mais queriam comer (ou roer), o lado organizacional das coisas fica relegado provisoriamente a um segundo plano. Sacos vazios não se põem em pé!... * * * - Urge entrarmos num acordo imediato - sugere um dos humanos já saciado. Traça os requisitos de um pacto e vai, pouco a pouco, ganhando o apoio do grupo. Combinam, então, que os homenzinhos se encarregam da contagem periódica dos queijos, separando-os nas prateleiras conforme a marca, dureza, cor, maciez e prazo de validade. Cuidam da segurança e, principalmente, da distribuição, segundo o gosto de cada participante: > Os dois ratinhos, com seus cérebros simples de roedores, mas de instintos aguçados, aceitam os queijos mais duros de roer, uma forma de afiar os dentes enquanto se nutrem. Conformam-se com o estado de conservação do queijo que lhes cabe: descolorido, mofado, vencido... Ora, se não brigam entre si, por que pensar em medir forças com os humanos?! Preferem priorizar suas necessidades biológicas, sobrevivendo resignados com o que eles (os humanos) atiram ao lixo. > Os dois homenzinhos, privilegiados por possuírem cérebros mais desenvolvidos, abocanham a maior e melhor parte do estoque de queijos. Era o esperado. Humanos são de fato seres inteligentes - segundo eles próprios avaliam -, sem a menor dúvida! Pena que sempre demonstram quão cambaleante é a sua capacidade intelectual, notadamente no relacionamento com os seus semelhantes. Não é raro, no momento da partilha, conflitarem-se uns contra os outros - o que não acontece com os ratos. Chegam ao auge até de uma luta corporal e... ... ... Rigorosamente seletivos e, como se não bastasse, carregados de crenças, preconceitos, orgulho, inveja, opiniões e formas controversas de julgar, escolhem o queijo que mais combina com os seus hábitos, desejos e prazeres: em quantidade, melhor qualidade, fama exuberante, indubitavelmente nutritivo, de boa aparência e sobretudo gostoso e saudável. Assim satisfeitos, homenzinhos e ratinhos passam a ter uma convivência feliz e um tanto fraternal. Esperançosos de encontrar salas melhores e mais amplas no labirinto, identificam o lar encontrado como sala-1. * * * Aí, com o passar do tempo, acontece o óbvio: acaba-se o queijo destinado aos ratinhos. Logo eles, tão preocupados com a preservação da espécie, condenados agora a morrer de fome!!... Conversando entre si, os dois ratinhos concluem que, num mundo em que os humanos desperdiçam tantas coisas essenciais, será uma enorme desonra para a espécie de roedores, acontecer de eles morrerem de fome. - Rato morrer de fome é vergonhoso, principalmente porque a lei natural nos obriga a preservar a espécie sob quaisquer circunstâncias - confabulam os dois, erguendo em seguida os seus focinhos num gesto de "Avante, vamos à luta!"... Começam por desconsiderar o acordo feito com os dois humanos e, na escuridão da noite, enquanto eles dormem, os ratinhos, pé ante pé, atiram-se às prateleiras para roer a maior quantidade possível do queijo fino que, a princípio, não lhes pertence. - "Roubar para sobreviver não é roubar" - encorajam-se, mesmo cientes do risco que correm de uma irrecorrível pena de morte. Enchem bastante as suas panças e partem apressados sem ser notados. * * * Tranquilos, os dois homenzinhos despertam cedo, fazem a ginástica matinal e se preparam para a primeira refeição do dia. De repente, o espanto aterrorizante de um deles: - Canalhas, traidores, ratos malditos, romperam o acordo e roeram todo o nosso queijo! - Grita. - Vamos pegá-los; vamos montar armadilhas; vamos pôr veneno num queijo e dar pra eles; vamos matá-los" ... O seu companheiro, mais comedido, tenta acalmá-lo: - De que vale matá-los, se têm sido eles os nossos guias até agora?! E veja que não fomos nós que descobrimos esta sala abarrotada de queijo! Devemos é agradecer a eles pelos nossos momentos felizes e segui-los. Com certeza, por serem mais rápidos e melhor farejadores do que nós, logo logo encontrarão a sala-2, quem sabe, igualzinha a esta, abarrotada de queijo!... - Qual nada! - Berra o outro. - Não acredito que haja nesses corredores outra sala igual a esta. Tenho um pressentimento de que a mesma divindade que encheu estas prateleiras de queijo há de voltar para renovar o estoque, a qualquer hora. Quem foi será! Quem fez, fará! Não vou perder a esperança. Sou um homenzinho de fé... Daqui não saio!... Tudo voltará a ser como antes!... - Nada disso, amigo, vamos embora! A Terra gira. A cada giro as coisas mudam e nunca mais serão as mesmas. É exatamente assim o trem de nossas vidas: os trilhos seguem numa mesma direção (o antigo), mas quando o comboio se move a paisagem que vemos pela janela (a realidade) nunca é a mesma de ontem. Fique certo de que, quando algo acontece em nossas vidas, é sinal de que alguma mudança virá, um alerta de que devemos ir adiante. Quanto ao estrago do nosso queijo, de nada vale "chorar sobre o leite coagulado". Quem sabe, a mesma divindade, em que você confia que descerá para trazer mais queijo, pode estar me usando pra lhe dizer que há queijo melhor lá fora!!... Vamos, amigo! Vamos embora!... - Faça-me um favor, não insista! Siga o seu caminho sozinho, bajulando aqueles ratos traidores. Nosso grupo já está desfeito. Nossos laços também. Vá!... Eu fico aqui com a minha fé, que nunca falha e que é tão grande quanto o ódio que tenho daqueles patifes roedores. Aqui posso ir me virando com a parte não roída dos queijos que sobraram, pelo menos até a chegada de um novo estoque. Não se preocupe comigo. Eu sou eu! Sei me virar. Vá!... Suma daqui!... Siga sem mim essa viagem louca e sem destino. E o homenzinho partiu, desolado por ter que deixar a sós um amigo, agora estressado e, além do mais, agarrado aos seus preconceitos e crendices tolas. Com certeza, o seu conhecimento limitado é completado com o ódio e desejo de vingança. Elege os pobres ratos famintos como únicos culpados por suas frustrações e perdas materiais. Desce tanto ao fundo do poço da intolerância que prefere a morte por inanição (sua comida está escassa e estragada) a ter que se aventurar em busca de algo em que os seus supostos "inimigos" estejam envolvidos. Escolhe a solidão, acreditando - sobretudo e piamente - na parábola: "Dá tempo ao tempo". Só que o seu temor de ir à luta pode levá-lo a parar no tempo. - "Preciso fazer algo para salvá-lo". Imitando os escoteiros e pensando no outro, que - mais dia ou menos dia - poderá refletir melhor e mudar de opinião, vai deixando bilhetes em setas de papel pregadas nos corredores por onde passa, com o intuito de orientá-lo, caso ele se arrependa da solidão e resolva segui-lo. - Amigos são muletas uns dos outros - pensa: "É PRECISO CHEIRAR O QUEIJO COM FREQUÊNCIA, PRA SABER QUANDO ELE FICA VELHO" - alerta um dos bilhetes; "IMAGINAR-ME PROVANDO UM NOVO QUEIJO, ANTES DE O ENCONTRAR, CONDUZ-ME A ELE" - estimula um outro bilhete, em que o emitente diz ao amigo para não desistir. * * * Enquanto isso, bem à sua frente, os dois ratinhos, cada um com a sua habilidade, procuram a sala-2 onde, provavelmente, mais queijo os espera. Qualidade é o que menos importa, quantidade, sim. Qualquer queijo lhes será bem-vindo, pois já passou do momento de parar para uma boa espreguiçada. Um corre pelos corredores da direita, outro pelos corredores da esquerda, mas de forma tão desajeitada que às vezes se chocam nas esquinas escuras. Soltam guinchos agudos um contra o outro - mais como pedidos de desculpas do que por reclamação - e prosseguem na correria sem qualquer orientação. Percebem-se desorganizados, e já entrando em parafuso, quando passam repetidamente pelos mesmos corredores num exaustivo dia de trabalho. Em meio ao cansativo vaivém, chamam-lhes à atenção os bilhetes pregados por alguém nas paredes dos corredores (claro que são os pregados pelo homenzinho, terceiro morador a abandonar a sala-1). Não conseguem interpretar as mensagens que ele prega nas paredes, mas os papéis, em forma de flecha, muito lhes servem de guia. Marcam, pelo menos, os corredores que eles já percorreram. Prosseguem na corrida, desta feita só em busca dos corredores inexplorados. O caminho fica mais curto. * * * Depois de muito correr e muito farejar, os ratinhos acham finalmente a sala-2, a penúltima de um corredor sem saída. - Tem queijo, pressentem, mas a única porta de entrada está trancada por dentro. - Tem gente lá - escutam - e parece estar trabalhando. Esmorecem, a princípio, por a sala estar ocupada, mas observam que na porta, à altura dos seus olhos, está escrita uma frase atribuída a A. J. Cronin: "A vida não é um corredor reto e tranquilo, que percorremos livres e sem empecilhos. É, sim, um labirinto de passagens através das quais deveremos procurar nossos caminhos, mesmo perdidos, confusos e, de vez em quando, presos em um beco sem saídas"... Os dois ratinhos não sabem ler, mas aquele que se criou no meio urbano logo deduz que os símbolos da porta são muito usados pelos humanos para se comunicarem quando distanciados uns dos outros. Entende que o recado é pra outro humano que poderá ou deverá chegar - mais dia, menos dia. Quando confiamos no que aprendemos e praticamos, uma porta sempre estará aberta para nós, e essa, que nem imaginamos, pode ser aquela ideal para nossas vidas. Os dois se confabulam e têm uma ideia: Cavam uma toca profunda nas salas vazias dos lados direito e esquerdo da sala-2, até atingi-la pelos fundos, onde o queijo deve estar guardado. Morarão separados, pensando exatamente na preservação da espécie. Atacarão à noite, sem ser notados, e se alimentarão. - Aprendi que é um verdadeiro suicídio a gente se apresentar como amigos aos seres humanos, comprovadamente desumanos" - deduz o ratinho urbano. Num belo dia, enquanto ainda escavam suas tocas, assistem à chegada do segundo homenzinho, que pede desculpas ao outro por tê-lo maltratado e agradece pelos sinais nas paredes que o fizeram chegar com segurança e rapidez. E que aproveita o ensejo para despejar o seu ódio: - "Ainda bem que aqueles ratos desgraçados sumiram. Se, no caminho, eu tivesse encontrado pelo menos um deles, juro que o teria matado". - Lembra o que eu disse? - Adverte o ratinho urbano. O outro homenzinho apenas o abraçou com votos de boas vindas. Mais tarde, os ratinhos ouviram o findar da conversa: - "Se você não se adapta a tempo, provavelmente nunca mais venha a se adaptar. O maior obstáculo a mudanças está dentro de você mesmo, por isso nada melhora se você não mudar". - "É... Vamos dormir que é melhor. Infantilidades a gente deixa pra conversar amanhã, está bem?!... - Sugeriu acintosamente o homenzinho recém-chegado. * * * ANALOGIA ou HOMOLOGIA? O comportamento humano se adapta às quatro situações analisadas: 1 - Conservadorismo: os valores, as estruturas sociais, a ordem moral, a política e a economia seguem padrões tradicionalmente estabelecidos; mudanças podem acontecer, desde que paulatinas e da conveniência política do poder constituído; tendência à diminuição do Estado (privatizações), um tipo de mudança que favorece o tradicional sistema capitalista; forte influência da religiosidade nas decisões governamentais; investimentos financeiros, na pirâmide social, de cima para baixo; reação absoluta às ideias progressistas... Caracterizado pelo homenzinho mal humorado que adia, recusa ou seleciona mudanças. 2 - Progressismo: defesa da democracia e envolvimento na luta de classes com valorização da razão e do conhecimento tecnológico e científico; mudanças baseadas em medidas econômicas e sociais impulsionadas pela ciência e tecnologia; propensão a reformas que visem o progresso e desenvolvimento social fundamentados na razão humana, independentemente da religiosidade; primazia da laicidade do Estado; investimento financeiro, na pirâmide social, de baixo para cima; luta por direitos constitucionais e trabalhistas; incentivo às greves... Caracterizado pelo homenzinho que interage e se prepara para mudanças constantes no meio social em que ele vive. 3 - Extremismo de direita: posição radical e não moderada em relação às correntes convencionais vigentes nos campos da política, religião, medidas sociais e econômicas; intolerância/negação a tudo que se considere normal ou se relacione com a coletividade ou com os movimentos de minorias; política de armamento geral da população e de desprezo às camadas sociais mais humildes, objetivando a diminuição da população mundial (neonazismo); envolvimento de militares como coniventes em eventuais atos antidemocráticos; uso das redes sociais para disseminação de inverdades; fanatismo... Caracterizado pelo ratinho urbano, de cérebro diminuto, que, embora cauteloso em relação às armadilhas, reage às perseguições dos humanos que visam eliminar a sua espécie. 4 - Extremismo de esquerda: posição radical idêntica à do ratinho urbano, notadamente na esfera campestre, onde também se depara com predadores, racionais e irracionais; frequentes movimentos revolucionários anticapitalistas e de combate aos latifúndios; lutas por moradia e pelo direito de plantar (atingindo o auge de invadir edifícios desocupados, terras públicas devolutas e propriedades sem função social)... Caracterizado pelo ratinho campestre, de cérebro também limitado. * * * Em suma: - todo extremismo é irracionalmente praticado pelos que têm cérebro igual ao dos ratinhos; - há momentos em que agimos como empáticos, mas - pensando bem - há momentos em que tanto aplaudimos como até agimos e reagimos em acordo com os extremistas. Somos ratos?... Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 22/08/2024
Alterado em 26/08/2024 |