Fernando A Freire

Amar a dois sobre todas as coisas

Textos

ERA UMA VEZ UMA BANDEIRA NACIONAL...

 

 

O verde e amarelo de nossa bandeira encontra-se desbotado pelos que se deixaram fanatizar e que, uma vez despersonalizados, utilizam - por desinformação ou paranoia - o nosso pendão como símbolo de uma ideologia extremista, difamante e avassaladora. 

Embrulhados com nossa bandeira, fanáticos/terroristas tentaram explodir uma bomba de efeito letal no pátio do aeroporto da capital do país, instalada entre os tanques de um caminhão transportador de  querosene de aviação, isto em pleno Natal de 2022. Ato terrorista frustrado. Técnicos da P.F. estimaram que mais de 300 inocentes teriam sido sacrificados. 

Embrulhados com essa bandeira, destruíram as três Casas que representam os pilares de nossa democracia, cuja intenção do mandante e facilitadores era dar um golpe de Estado. 

Embrulhados com essa bandeira, vimos multidões, por quatro anos seguidos (2019, 2020, 2021 e 2022), participarem de comícios político-partidários nos dias comemorativos de nossa Independência (ato político inusitado de 1822 a 2018). 

Embrulhados com essa bandeira, a politicagem continua, a pregação do ódio continua, a intenção de golpe de Estado continua... 

Hoje mesmo, na Paulista, vimos um pretenso ditador apelidar de "ditador" um magistrado do STF, por sinal, um dos maiores baluartes de nossa mui alvejada democracia (Alguém se lembra que um cabo e dois soldados, em 2019, quase fecham o STF?!)... 

É compreensível essa narrativa, ou golpe baixo, quando se sabe que todas as ditaduras do mundo tiveram como princípio a desqualificação e derrubada da Corte de Justiça dos países afetados pela metástase do câncer autocrático. 

Os que aplaudem discursos semelhantes a esse da Paulista são os mesmos fanáticos que exibiram faixas pedindo, nas calçadas dos quartéis, a volta da nefasta ditadura militar. 

Com aparência de valentes, digo que são todos frouxos, pois que agora, a pedido do seu mito (prestes a ser preso), abaixam suas cabeças e, circunstancialmente quietos, não levam mais, aos seus comícios, nenhuma daquelas faixas ditatoriais e odientas. 

A personalidade desses fanáticos é zero, dizem os psicólogos. 

Eles usam, de maneira perigosa, a personalidade do seu mito sedutor, hipócrita e maquiavélico.

Da mesma forma, utilizam, inapropriadamente, a nossa Bandeira como capa, vestimenta, fantasia, lençol ou escudo, à revelia do que preceitua e impede a Lei nº 5.700, de 01/09/1971 (Uma Lei dos tempos ditatoriais, ainda vigente. Se  estivéssemos sob o jugo da ditadura militar, todos os rebeldes que desrespeitassem a nossa bandeira, como o fazem hoje, seriam punidos).

Punidos é que não estão. Autoridades competentes fecham os olhos.

Para sorte dos descumpridores da Lei, ainda vivemos numa democracia, mesmo cambaleante.  

Pobre Democracia!...  Pobre Bandeira Nacional!  . . .  ANISTIA, NÃO!...  ANISTIA, NÃO!...  A QUE HOUVE JÁ NOS FEZ MUITO MAL.

Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 08/09/2024
Alterado em 17/09/2024


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